13 de abril de 2011

deitei-te ao pé da árvore que mais gostavas, com a lágrima de mãos dadas à saudade assim que te vi morta. inerte.
estando morta ganhaste vida. e não tenho direito a ser egoísta. é um direito que não possuo. serei sempre serei fiel a ti independentemente das tuas condições suicidas. da minha saudade.
esse sim é um direito meu. mas o primeiro é amar-te.
amar-te como se no segundo a seguir tudo se desmoronasse. como se tudo desaparecesse. 
ainda penso qual dos dois seria o doente. 
chego à conclusão que o doente era eu. doente por ti. doente por mim. 
criei uma estrada só para ti. para a percorreres. para a viveres. 
e eu limitava-me a ver-te percorre-la. sorridente pelo presente. 
senti o meu peito cheio de ar pois ofereci-te uma felicidade instantânea. ainda que para mim não chegasse. para ti era um mundo. para mim era como adoçante no café. é doce. mas não substitui o açúcar.
gosto de pensar que, onde quer que estejas, te lembras da raça humana e de que ela nos faz bater com a cabeça nas paredes. afinal…para que mais elas servem??
eu odeio-te. eu amo-te. 
odeio-te mas amo-te. odeio-te por te amar. amo-te por teres tentado respirar o mesmo ar que eu. por teres…tentado. odeio-te e não te culpo.
estendida na floresta.…a estrada continua tua.

30 de Março de 2011

Um comentário:

  1. Não sei do que falas. Se falas. Se de uma coisa se de muitas. Se de uma perda, se de um ganho. Ou se de nenhuma das coisas anteriores. Mas gosto.
    E está interessante.
    É interessante.
    *

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