4 de janeiro de 2011

caixa.

tenho saudades do artigo simples.
da minha pedra filosofal. um sorriso de uma praia. o olho das chaves perdidas. e de mim. a essência que sei hoje, que perdi. e não há pedido de desculpas possível para o erro. seja meu, seja de quem me feriu. 
ter virado costas a tudo o que me fazia feliz, embora tenha saudades hoje, era porque fazia só feliz de vez em quando. 
de que vale uma boa frase sem os seus acentos em ordem?
de que me vale ser correcta? 
foda-se. 
nem com hipocrisia vai lá. enojo-me sempre que vejo o olhar de quem um dia me deu um sorriso falso. tenho um tiro alojado entre o tímpano do sentimento e o crânio da raiva.
e não sinto um décimo de respeito. 
é ir ao fundo do poço e voltar, dando lugar ao escuro que um dia no passado me assombrou a alma feliz. não sou uma fralda descartável. que não esperes um bom ano da minha parte. 
sinto raiva, de tudo o que não fizeste por mim. tudo o que já não quero, porque agora está sujo. imundo. sinto nojo do corpo. mas sinto ainda mais nojo da alma. 
e não penses... não é pela troca de diamantes. 
é pela caixa que partiste. 

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