26 de julho de 2010


os gritos expostos nas montras deliciam-me o prazer 
de os querer comprar e não poder.

os gritos fazem chorar a criança que grita sem querer.
a criança que se afoga em pensamentos do ser e não ser.
que ouve quem não queria.
que não ouve sem conseguir depreender.

e assim, gritando, não solta tudo o que queria dizer.

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