adivinha onde cheguei. ao candeeiro da lâmpada fundida. perdido numa das ruas da cidade. cobertas de promiscuidade, bebida e infantilidade.
as cores fugiram dando lugar ao cinzento que é o Homem. em silêncio sorrio ao adeus. e salto de alegria pensando nos meus segundos de criança que fui. da criança que ainda quero ser.
tudo o que sai de mim através das minhas mãos suadas são meros rascunhos do queria ser.
ninguém. alguém. para ti, para mim.
no fundo para te merecer. fiz algo de cor-de-rosa e florido. algo que não sou eu. algo que se vê às três pancadas reviradas por um sorriso amarelo voando com os pássaros.
do sofrido que estou, reviro os olhos não me suportando. não suporto o meu andar. não suporto a minha voz. não me suporto. não te suporto.
não tenho capacidade de suportar quem não quer ser suportado.
e com ar de quem não tem tendo tudo para lá da janela partida, lá vou indo, sorrindo. esboçando hipócrisia, fumando meu cigarro e explodindo de cíume.
"não tenho capacidade de suportar quem não quer ser suportado.
ResponderExcluire com ar de quem não tem tendo tudo para lá da janela partida, lá vou indo..."
Precisamente brilhante.
Num todo, que te pertence,
Fantástico!
Adorei.
:) , adoro-te pega
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