e com um sorriso, encaro a vida...olhando para trás de esguelha. vejo coisas que não gosto. que me assutam. que me fazem iludir.
o que é que a vida é, se não um sonho?
estou cansada de pesadelos. não anseio por miragens.
mas então... porque me iludo eu? quando tenho as respostas todas à minha frente?
porque gosto dele e quero que ele também goste de mim.
será simples dizer isto em voz alta? todos deveriam-no dizer em voz alta.
os abraços que recebo de alguém com o seu "q" de alguma coisa que não sei o que é, não chegam para tapar buracos. e eu não sou egoísta ao ponto de os fazer tapar buracos.
mas então... porque tenho de tapar eu o dos outros? porque me sinto eu obrigada a isso?
porque me sinto sozinha. e nenhum abraço de alguém com o seu "q" de qualquer coisa que não sei o que é, me vai tapar o buraco negro, algures no passado, aberto.
sou uma caixa vazia quando penso na tua ausência.
os sonhos em conjunto esvairam-se em lágrimas sentidas, perdidas no silêncio do meu olhar. e mesmo assim continuo a andar. talvez para um olhar mais silenciado que o meu. mas que a sua beleza interior emana um cheiro a jasmim impossivel de resistir.
irei-me arrepender?
nunca me arrependo do que faço. estarei eu a fazer demais? a falar de menos?
do que estarei eu a falar? de quem estarei eu a falar?
eu sou Alice e nada em mim é verdadeiro. sou uma boneca de trapos à solta num mundo vandalizado com um olho de vidro rachado e uma perna cozida outrora rasgada pelas dores da Guerra. algures na Polónia cozeram-me para apagar do rosto das pessoas, a mentira que sou eu. que és tu. que são os homens. caí de caras no corpo de alguém pequeno, que ainda assim é grande. e assim eu conto a minha história.
a minha curta e, ainda assim, longa história.
...:)
ResponderExcluiracrescento um "P.S."...:
"Obrigada."
*