quem sou eu? uma parte de mim ao contrário. uma complexidade de possibilidades impossibilitadas pelo espelho diante da minha pessoa.
forrado a folhas de ouro e ornamentos com motivos da fauna, vejo o quão velho é o meu trauma. a minha alma.
esta saltou de corpo em corpo em busca de plenitude. construindo uma pequena casa, mas vão-me faltando tijolos. peças do complexado puzzle movido por engenhocas orgásmicas, explosões de rancor com falta de discernimento.
quem és tu? partes soltas do meu registo mental. memórias presas a histórias vividas. por viver. para viver.
os poros mentais fazem de mim a pessoa mais cheia de si própria. já não me consigo ouvir. e quando pego num lápis encontro a paz.
solto riscos jamais pensados, mas idolatrados. por mim. por quem quiser. venha o diabo e escolha.
o que querem dizer? não sei. vem tudo das minhas vísceras cerebrais, eternas mortais.
se é que tal coisa possa existir. se é que alguém como eu possa existir.