
afinal sou a tal boneca que te tanto falam. tapei-a foi com trapos.
fui atingida bem no meio e estragaram a minha roupinha feita pelo melhor dos alfaiates. o amor.
estou eu na praceta de joelhos a jorrar de sangue em pó a procura do meu coração. peça a peça.
desgosto a desgosto.
ele é colorido. era. agora não sei. talvez cinzento. eu não o consigo ver.
são coisas da nossa vista. dos nossos olhos mentirosos, que só vêm o que lhes apetece.
os meus, que são de vidro, estão brilhantes das lágrimas que se soltaram. a brincadeira acabou em estragos. e ninguém me ajudou a catar os cacos.
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