saí-me bem. e numa noite de chuva abri a minha janela e senti o sol a convidar-me para dar um passeio por entre as encruzilhadas.
o verde vivo e fresco da relva puxou-me e assim fiquei. deitada a olhar para as nuvens e ver o tempo a passar.
o tempo que eu costumo odiar.
deixei-o passar, não fazendo caso. até que ele parou comigo. e ficamos os dois a brincar com o vento.
com o meu vestido branco, sentia o meu cabelo doirado a dançar para a frente e para trás rente á minha face.
olhei para o lado e vi o tempo a sorrir para mim.
quase que me agradecia pelo facto de o ter parado. e eu contente por ele ter ficado.
afinal sou eu que comando os sonhos da minha alma.
quando finalmente acordei, continuava a chover e um gato miava lá fora ao som da melodia de um instrumento estranho. vesti-me e saí para a rua mas ambos desapareceram do meu raio auditivo, nem tão pouco apareceram no meu campo visual. fiquei desapontada mas mesmo assim sorri pois deparei-me com a vitória de ter parado o tempo num dia tão tempestuoso como aquele.
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