16 de setembro de 2008

O vento acaba por levar

Por fim começo a esquecer. Esquecer-me de ti,
Até da própria saudade eu me esqueço
Pois exageraste a tua ausência
Agora sinto o tempo que perdi
Tantas noites com o pensamento no avesso
Como pior pesadelo a distância.
Começo a esquecer-me da liberdade minha que tinhas nos braços
E o meu corpo e alma só te queriam a ti, a ti e a ti
Se estalasses os dedos lá estava eu sem fundo nem rumo.
A nossa história foi tão circular e unívoca que nem compassos
Foi triste que nem os rumores das tuas traições que eu ouvi.
Uma história que já não vale nada presumo.
Tão pouco me fará mal, pois começo a esquecer
Sou igual à mim própria
E tu , tu ficas atrás no passado
Onde já devias de ter sido enterrado há muito tempo a meu entender.
Estou sóbria,
Estou segura de que o calção sujo foi lavado.
O teu olhar, o teu sorriso em mim já nada faz efeito
Ganhaste e espero que gostes do sofrimento que me causaste
Pois de mim nem mesmo o sorriso vivo e feliz de te ver não levas mais.
O que vai vem, desta vez foi o meu coração que ficou desfeito
Mas agora és tu quem sente falta como todos os dias em mim a lembraste
O vento dança e no fim acaba sempre por levar as coisas banais…

27.07.08

Um comentário:

  1. Uma Citação:(repitida)
    "O Tempo e o Vento" livro de
    Érico Veríssimo (1905-1975).
    beijos...........da Mona.

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