estereótipos.
escrevo palavras soltas para, impreterivelmente as prender a algo. o significado.
os significados das coisas, das pessoas de todo o ser existente neste mundo moribundo.
bipolares ou não, entendem a mudança dos comportamentos humanos. são movidos por coisas soltas que sem tirar apenas pondo, criam um problema massivo.
chego a meio desta reflexão com mil ideias, mil desilusões associando aos vossos partidos corações. são explosões de coisas sem sentido de várias pessoas que levam a um único monstro. eu.
sou multifacetada. é certo e real.
sou uma só.
isso é mentira. quem sou eu senão todo o pouco que adquiro de toda a gente? quem és tu senão o mesmo?
existirá realmente essência em cada pessoa que a torna peculiar?
considero-me uma criança movida de esperança. ainda caminhando pela estrada deserta ouvindo os passos da solidão que me atrai. vou indo em direcção ao pôr-do-sol que me diz que estou a fazer tudo mal. as minhas vísceras vão queimando à medida que me aproximo dele. os meus olhos choram chamas. mais uma palavra e não sobreviveremos.
-han?
-ai Daniela! não ouviste o que eu disse??
-não, não ouvi
-estava a dizer que o Isaac me mandou mensagem.
5-4-3-2-1
-ah! sim... a dizer? (que coisa..)
sempre a meterem-se nas minhas entranhas sensoriais.
continuando...pessoas peculiares...sim...
egoístamente ou não, sinto-me uma pessoa peculiar, quando me deparo com estas conversas fora da minha estufa analítica e divagante.
estou sentada numa sala rodeada de vultos que em nada me suscitam interesse. serão eles peculiares? será que estou tão dentro de mim que não noto pela potencialidade de cada um? existirão excepções à regra?
ainda não me esqueci da pessoa que, com muita convicção, disse ser "bué resolvida". ora chora e diz que as pessoas são más e na semana a seguir considera-se uma pessoa "bué resolvida"?
-que me queria ver, não sei se vou... que achas?
eu ia...mas era para um sítio que eu cá sei...para um sítio onde não existem pessoas bué resolvidas. essas pessoas dão-me pena. poderia dizer que me metiam nojo, mas não. dão-me apenas e nada mais que pena.
-ahhm...sim. faz o que o teu coração manda...
pára de me adormecer Daniela!!
-desculpa Alice...
este meu corpo é uma prova do que digo. ela é tudo. ela é nada. é um pouco de todos e nada de ninguém. onde estará a sua peculiaridade? porque escolhi eu um corpo assim? eu quero falar e ela não me deixa. está-me sempre a interromper.
ao menos não se considera
e pagando por todos os meus males, vou saindo da jaula a qual ela me aprisionou para não magoar quem mais ela amava. sim eu fiz isso.
sou cruel. mas foi bem feita e ela também o sabe, mesmo amando. e ela amando eu amava também. eu sou a base de todos os seus sentimentos, ainda assim deu-me a volta. mas cá dentro ela não tem poder de decisão. aqui quem manda sou eu.
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