18 de março de 2010

recordações


quase que caíste. quase que te matei,
quando o copo eu te dei.
grande parte do que sou, é sentimento de culpa. responsabilidade.
tive a tua vida. a tua morte em mãos.
eu era uma criança.
em mim, existia esperança.
mas hoje...
nem sequer em mim reina bonança.
apenas leve existência. preenchimento de espaços vazios.
não te culpo por esse acto suicida.
mas dói de saber que quase te matei.
a ti, que se não fosses tu não sei se eu já não teria baixado os braços.
não sei o que faria se tivesse a tua alma em mãos por ter largado o copo.
mas sei que isso me tornou mais forte.
e sei que a ti também.

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