9 de fevereiro de 2010


quem caça aqui sou eu. eu é que tenho poder de compra.
só eu é que posso regatear.
e tu ficas na jaula a ouvir todas as minhas exigências e possiveis planos maléficos.
que horas são? que dia é hoje? 
sinto nas veias a algazarra vinda de fora, a convidar-me para a festa.
espreito da janela como quem não quer nada. como quem se sente incomodado. como quem se sente fascinado. os três ao mesmo tempo.
começas a suspirar. shiu!
não vês que estou em extâse?
oiço um estrondo. quem mais me estar a incomodar!!!???!

o vaso da vizinha partiu com os passos agressivos da gente lá de fora.
visto o meu melhor fato e pinto os olhos.
o lixo todo espalhado, a prosmicuidade ao rubro na rua escura. na rua viva.
vejo corpos dormentes no passeio e sem querer querendo piso-os tendo em mim uma vontade estúpida superior de me sentir uma coisa melhor.
sinto o som a injectar-se na minha cabeça e começo a saltar.

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