1 de janeiro de 2010

era uma vez, contaram-me assim...

Sabedoria.


eu sei lá. mantenho a minha boca fechada. como sempre.

à escuta vou aprendendo a viver. a sobreviver. por entre os tejadilhos das casas dos outros, recolho informações importantes de como se deve lidar com o ser pensador.
pensador...de vez em quando!!
às vezes esqueço-me dos olhos de velhice que tenho. das experiências que vivi, boas ou más isso nem sequer interessa. continuam a ser experiências.
gosto de desenhar velhinhas.
digo velhinhas para dar um ar "doce" à coisa. não é nada doce o peso da idade, os traços das guerras travadas, olhos de gente vivida.
possuidores de conhecimentos que não passa por nós, mesmo que estejamos a ouvi-las atentamente. são conhecimentos que tem de se sentir na pele.
não chega eu estar calada. hoje devia partilhar. mas não consigo. é-me díficil. eu no fundo sei que não tenho olhos com peso de idade, sou nova.
tenho é com peso de consciência. de responsabilidade.
de dúvida, de lágrimas. de nada.
Sabedoria.

continuo a manter a minha boca fechada.
a espera que ele chegue. entediada.

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