O mundo do Oriente. Dá mais à natureza que nós povo imundo do Ocidente. Povo da futilidade, da indústria em série. Rompemos a tradição, a religião e a cultura que nossos antepassados construiram com tanto trabalho. Este mundo Oriental consegue demonstrar através da música, do ritmo, da dança, da luz, da calma, da serenidade e das suas crenças o espírito do seu povo. Das suas origens. Da sua História. Com o seu ar tribal, antigo, repleto de rituais, cerimónias e vestes peculiares dignas de verdadeiros senhores da Terra Mãe. Com eles tudo se interliga. Os tambores e a tuba com o suspanse. A flauta com a vida e a esperança. Estes Senhores da Terra, cheios de cultura e que tem tão poucas posses, são constantemente traídos pelas catástrofes naturais. Desta vez foi o mar que os traiu. Por momentos a calma reinava na beira, entre a terra e a água. Perfeita harmonia. Estranha harmonia. O silêncio é bom, mas daquela vez algo estaria estaria errado, aquilo não era bom. Não foi nada bom. O silêncio prolongado seguiu-se de uma enorme onda. Uma onda que comeu gente pobre, humilde, com verdade e o cansaço do trabalho a transbordar nos olhos. A sua simplicidade foi devorada pelo gigantesco castigo da Natureza. O Tsunami matou os que mais dela gostavam e valorizavam. A destruição das casas, das aldeias levou ao desaparecimento das pessoas, ao desconhecimento do interior dos que sobreviveram e da verdadeira razão por estas coisas acontecerem. A morte chega à mente humana. Está na hora da reconstrução, do conforto a quem ficou e perdeu os seus, de ter esperança, de voltar a ter luz nas suas mentes e almas como antigamente. Pôr as mãos ao trabalho e voltar a gerar o verdadeiro sentido de viver.
isto passa-nos ao lado. como? estamos a milhares de kilómetros mas, somos da mesma espécie... isto toca a todos mesmo que não aconteça connosco. eu sinto-me muito mal com isto tudo. será que também existe mais gente "tocada" com isto como eu?
sou daquele tipo de pessoas que se incomoda com o exagerado, com merdices do genero escadas rolantes, elevador, três telemóveis, roupa no guarda-vestidos para dois anos, vinte pares de sapatos, sopas instantâneas, blablabla. se continuasse nem amanhã acabava. mas o que é isto? porque é que vejo pessoas a mandar merda para o chão quando têm um caixote do lixo mesmo ao lado. automatismos idiotas. aos homens e mulheres que são adeptos da rotina e do consumismo passam-lhes os tsunamis, os terramotos, os furacões, as mudanças de temperatura e eu passo-me com eles.
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