25 de dezembro de 2009




desenho sorrisos de um novo medo.
de um novo ano. de novas perguntas. de novos momentos.
tudo novo. tudo refrescante.
tudo falso.
é tudo desenhado. estrategicamente elaborado. um fachada. um navio abandonado.


pergunto-me se será um bom ano. todos desejam-no. eu quero apenas que ele corra devagar para poder saboreá-lo.
este lá se passou. nem sei como mas passou-se.
por entre rascunhos de vidas futuras. obras de vidas passadas.
e o presente? acho que não o aproveitei.
tudo correu à minha volta. e só soube recordar-me do passado que me estava a levar para um futuro incerto. insustentável, de traço leve, coberto de nevoeiro.


indica-me chuva, indica-me momentos de tristeza. o meu habitat natural.
por entre os meus rabiscos, a clave de sol penetra o meu ouvido paralisando-me. e é então que olho para o céu.
a minha mente mostrou-me uma caixa guardada nas profundezas dos meus desejos.
a melodia dos meus sonhos. e estava mesmo ali, nas minhas "barbas".
são coisas que me atraiem. foram coisas em que a coicidência não é justificação possível.
é como um íman. é com um tornado.
aquela melodia é um tornado.
uma tática suicída a minha. eu sei. como se eu não soubesse.


por isso desenho sorrisos.
um novo medo que me faz sorrir.
sorrisos de quem não tem nada a perder, porque um dia já perdeu tudo.


uma pessoa que tenta ser normal e quase o consegue, diria "Feliz Ano Novo". eu não tento.

é uma perda de tempo. e tempo é o que não tenho. apenas melodias, desenhos e pensamentos.

pois então,
Boa Sorte para o Ano que vem,

eu bem preciso, todos nós precisamos.


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